DGAJ e SOJ impedem centenas de oficiais de Justiça de votar!


Numa estranha, ou talvez não, conivência de posições entre a DGAJ e a representante do SOJ, os votos de centenas de oficiais de justiça de 35 Tribunais constantes da lista pdf anexa não vão ser considerados nas eleições para o COJ.

Essas centenas de colegas, exerceram o seu direito de voto em conformidade com as disposições constantes do ofício-circular 53/2010, ou seja entregaram aos senhores secretários de justiça o envelope contendo os respectivos votos. Posteriormente os secretários enviaram esses votos em envelope único.

Qual é então o motivo invocado pela DGAJ e o SOJ para não aceitarem esse votos no sufrágio? Apenas porque não foram enviados com aviso de recepção!

Como parece de elementar bom senso o aviso de recepção é instrumento eventualmente importante para quem envia. Ora, se quem recebe, recebeu, que importância faz o aviso de recepção? Obviamente nenhuma!

Que culpa tem os colegas que votaram e entregaram os boletins de voto aos secretários, seguindo indicações da DGAJ? E os secretários neste caso não são eles mesmo os representantes da DGAJ? Não actuaram em representação dela?

Só um entendimento, obtuso, absurdo, estranhamente concertado entre a DGAJ e o SOJ, podia inviabilizar que o voto de centenas de oficiais de justiça, que chegaram à mesa de voto, fossem vergonhosamente anulados!

Não sabemos, ninguém sabe, qual o sentido desses votos. O que sabemos é que esses colegas manifestaram a sua vontade de participar com o seu voto na escolha de quem os representará no COJ. É uma vergonha que se utilizem estes estratagemas habilidosos para inviabilizar, desrespeitosamente a vontade desses colegas!

Afinal, quem tem medo dos votos livres dos Oficiais de Justiça?

Nem está em causa o resultado da eleição, que neste momento se desconhece, mas tão-somente o facto de se ter negado a um largo número de oficiais de justiça o direito a pronunciarem-se sobre quem querem a representá-los no seu Conselho.

E, claro que o resultado final, com a rejeição destes votos está desde já adulterado e falseado! A quem pode tudo isto aproveitar?

E para esta aberração ser completa, DGAJ e SOJ decidiram que esses votos deviam ser descarregados mas considerados nulos! Na República das Bananas não fariam melhor!

Lamentamos esta atitude obsessiva, compulsiva desta DGAJ, que é naturalmente afrontosa de uma classe que devia merecer mais respeito. Mas quem faz o que fez com os vencimentos deste mês de Janeiro, que ainda não publicou o Movimento de Novembro(?!), que continua a dever dinheiro aos oficiais de justiça, já nada nos admira. O que nos surpreende é posição da representante do SOJ. Temos a certeza de que os sócios e simpatizantes do SOJ, que nos merecem óbvio respeito, não se revêem nesta atitude de desconsideração pelos colegas oficiais de justiça e de "muleta" da DGAJ.

Na defesa dos interesses e dos direitos dos oficiais de justiça apresentamos a reclamação cujo teor pdf aqui pode ser consultado e, iremos recorrer aos tribunais para que seja reconhecido o direito a todos estes oficiais de justiça de exercerem cabalmente o seu direito de voto.

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